Aprenda a se perdoar

Quantas vezes na vida decepcionamos alguém que amamos e nos sentimos totalmente esmagados pela angústia e, enquanto não nos desculparmos, parece que carregamos um piano sobre os ombros?
Quantas outras vezes alguém nos magoou ou agiu de maneira que não precisava ter agido, nos deixando totalmente para baixo?
Geralmente, perdoamos as pessoas que amamos e somos perdoados pelas possíveis falhas que cometemos, afinal, somos humanos e embora nem todos compreendam, falhar faz parte de nós: não é um defeito.
Porém, quantas vezes você perdoou a si mesmo? Somos constantemente decepcionados por atitudes próprias, desejos ou pensamentos. Quem nunca quis agir de um modo e, quando viu, estava fazendo justamente o oposto, tomado pela emoção ou por qualquer outro motivo que nos faz agir sem pensar? Quantas vezes não desejamos algo no calor do momento, falamos coisas da boca para fora ou fingimos que não nos importamos?
Quantas vezes deixamos nossos sonhos de lado? E quantos problemas criamos apenas tentando solucionar nossos próprios problemas?

Precisamos falar sobre Sísifo

Sísifo é uma figura mitológica, considerado o mais astuto de todos os mortais. Após levar uma vida rebelde e de malícia, quando morreu, foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma pedra grande de mármore com as mãos, até o cume de uma montanha. Contudo, toda vez que estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente para baixo.
O esforço de Sísifo, além de repetitivo, levava sempre ao fracasso. “Preso aos seus próprios meios, contudo, a única alternativa era mudar”.
Quantas vezes agimos como Sísifo?
Quantos momentos da nossa vida são compostos por ações automáticas, costume ou simplesmente não paramos para pensar? Estamos presos em rotinas e ações que muitas vezes sequer questionamos.
Vivemos uma vida extremamente acelerada, estamos o tempo todo com a cabeça a mil e não temos tempo. Apesar dessa nova era ter trazido mudanças incríveis para o mundo, também trouxe um “modo de viver automático”, onde fazemos sempre as mesmas coisas e, muitas vezes, os esforços repetitivos são em vão: a pedra rola ladeira a baixo e voltamos para a estaca zero.

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Criado por: Andréa Bistafa.
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