Reféns

Estamos tão presos a nós mesmos, tão reféns dos nossos próprios medos, que transformamos bênçãos em tormentas, sobrevivência em prisão, amor em indiferença.
Crescemos acumulando bens e menosprezando o próximo. Tentamos ser fortes e independentes, mas para isso queimamos toda a empatia como combustível. Transformamos futilidades em grandes problemas e a grandiosidade da vida em uma rotina monótona e, muitas vezes, infeliz.
Aprendemos a ser iguais e a apontar o dedo para o diferente. Desbotamos, evaporamos e perdemos a nossa essência. Éramos humanos, mas queríamos ser máquinas. Vendemos nossa alma por algo inanimado, mas jamais questionamos se as máquinas ousariam desejar, uma mísera vez que fosse, qualquer outra coisa que não tornar-se humano... 

Real

Sempre questionei o mar da sua imensidão e o céu da sua realidade. Sempre me pareceram tão distantes, quase como se existissem em outra dimensão e apenas participassem desta como espectadores.
Tantas coisas nos parecem tão distantes e inalcançáveis, tal qual os sonhos que se limitam a surgir apenas quando dormimos. E quando sonhamos acordados, sempre há algo para nos lembrar das nossas limitações. O que nos impede de alcançar nossos sonhos? O que falta para acreditarmos em nós mesmos?
Somos tão reais e grandiosos como o céu e o mar, ou apenas espectadores das nossas próprias vidas? 


Miopia

Não pense que a vida é só rotina ou que você é apenas mais um pedaço da sociedade. A vida de verdade está naquele espaço que nem sempre conseguimos enxergar, como a manhã ensolarada após a neblina ou o arco-íris que segue a tempestade. Atrás da poluição, do trânsito e da cobrança do cotidiano há muito mais da verdadeira essência da vida. Que tal começar a semana enxergando o mundo além das miopias da vida moderna?


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Criado por: Andréa Bistafa.
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